Camila Toscano chama atenção para diagnóstico precoce e vacinação contra o câncer do colo de útero

Este ano, 17 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de colo de útero, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Neste março lilás, marcado pela campanha de conscientização e enfrentamento da doença, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB) chama atenção para a importância de realizar o exame papanicolau para o diagnóstico precoce, além da vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) para impedir novos casos.

 A deputada observa que para entender a importância da vacinação contra o HPV, cabe destacar que sete em cada 10 casos de câncer de colo de útero são causados por este vírus, tornando a maioria dos quadros preveníveis. Além disso, o HPV causa nove em cada 10 casos de câncer de ânus e está relacionado a neoplasias malignas no pênis, vagina, vulva, boca e garganta.

 Dados mostram que apesar dos inúmeros benefícios da imunização contra o HPV, o Brasil tem uma baixa cobertura vacinal histórica contra o vírus. Segundo a Agência Brasil, em 2022, apenas 58,29% dos menores de idade que compõem o grupo alvo da imunização receberam duas doses da fórmula. Entre os meninos, a porcentagem é ainda menor, sendo de 38,2%. Para impedir casos de câncer preveníveis no futuro, esta tendência precisa ser revertida.

 “É fundamental falarmos sobre esse tema e reforçar os cuidados para evitar esse tipo de câncer. A importância do diagnóstico da doença em sua fase inicial, antes mesmo do aparecimento de sintomas, proporciona uma maior chance de cura devido o tratamento até esse estágio não ser tão agressivo. Precisamos falar mais sobre isso e incentivar os cuidados devidos com a saúde”, destacou Camila Toscano.

 Câncer do colo do útero – É caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou à distância. Há duas principais categorias de carcinomas invasores do colo do útero, dependendo da origem do epitélio comprometido: o carcinoma epidermoide, tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso (representa cerca de 90% dos casos), e o adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular (cerca de 10% dos casos). Ambos são causados por uma infecção persistente por tipos oncogênicos do HPV.

 É uma doença de desenvolvimento lento, que pode cursar sem sintomas em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados (INCA, 2021a).


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