Economia, consumo consciente e busca por um estilo mais autêntico são alguns dos motivos para o novo hábito na compra de produtos encontrados em brechós. Segundo estudo do Boston Consulting Group (BCG), realizado com 12 mil consumidores em dez países, incluindo o Brasil, as vendas de produtos de segunda mão vêm crescendo, em média, 12% ao ano em nível global, contra 3% dos produtos novos. Dados do GlobalData mostram que quatro em cada cinco pessoas têm ou estão abertas a comprar itens de segunda mão quando o bolso aperta. Entre os que nunca haviam vendido suas roupas, dois a cada três afirmam estarem dispostos à prática agora. Além disso, uma rápida pesquisa no Google Trends revela que a busca por “consumo consciente de roupas” cresceu mais de 600% nos últimos cinco anos, provando que os hábitos de compra estão mudando. A moda circular tem se tornado uma tendência global, capaz de movimentar bilhões em negócios, desde as pequenas lojas on-line até as gigantes do varejo. Apaixonado por lida e antenado com a nova tendência mundial, o jornalista e empresário Tatá Timóteo abriu em João Pessoa o Fepllay Brechó, uma loja que reúne uma série de roupas e assessórios de primeira mão. Segundo ele, o gosto pela moda e a preocupação com um futuro sustentável motivaram a abertura do empreendimento. “Eu sempre gostei de moda, acho que tenho um dom guardado aqui dentro de mim. Adoro está bem vestido e ver as pessoas bem vestidas. Desde sempre, percebi que não é necessário ter muita grana para vestir-se bem. Consumir de forma exagerada pode trazer riscos no futuro e para o planeta. Muita gente ainda não tem a consciência de que todo esse resíduo causa impactos ambientais negativos ao meio ambiente. Mas pequenas atitudes na sua rotina podem causar grandes mudanças nesse cenário. E o consumo consciente é uma dessas mudanças de atitude que refletem na preservação do planeta”, observou o empresário. De acordo com Tatá Timóteo, a ideia do brechó surgiu em 2016, quando, estava cansado e frustrado com a profissão de jornalista e por um problema de saúde psicológico. “Eu precisava respirar outros ares e fazer algo que me desse prazer e pudesse trazer benefícios para mim e para as pessoas. Eu amo a natureza e gosto de viver perto dela. Aí juntei as duas coisas: a reutilização de peças de roupas com o consumo consciente. Aí foi a chave que virou e me fez empreender e renovar minhas energias e o mais importante: Fazer com que as pessoas façam girar aquela peça que está guardada, escondida no seu guarda roupa”, revelou. O empresário revelou que quer também transformar o local, em breve, em um espaço cultural para lançamentos de livros, saraus poéticos, monólogos, leituras e também, outra coisa que amo: dar espaço aos artesanato local. “Então, toda semana terá uma peça de algum artista local exposta no brechó para divulgar seus trabalhos. Nosso artesanato é maravilho e o mundo precisar saber que temos muitas coisas de qualidade e surpreendente”, disse. |
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