O vereador Márcio Melo
Rodrigues pronunciou discurso hoje na Câmara Municipal, protestando “contra a
omissão do Governo do Estado em colaborar e apoiar Campina Grande,
principalmente na área da saúde e a Prefeitura Municipal, tendo à frente o
prefeito Romero Rodrigues, tem que bancar tudo com seus parcos recursos”.
Disse ele que, “hoje meu
questionamento é sobre o Governo do Estado que não manda nada de recursos para
Campina, mas continuaremos cobrando, pois esta é a nossa obrigação em defesa da
população da Paraíba. Campina recebe pessoas de quase todos os Municípios
paraibanos e dos Estados vizinhos, infelizmente o Governo não manda verbas o
que é bastante lamentável e preocupante”.
Ele lembra que apresentou requerimento no Poder
Legislativo sugerindo ao Governo do Estado a construção de Maternidade Estadual
em Campina Grande. De acordo com a sua proposta, a nova casa de saúde
beneficiará a população de Campina Grande e a cerca de 200 Municípios que
procuram a Maternidade do Instituto de Saúde “Elpídio de Almeida”.
Defende que a Câmara Municipal
solicite ao Governo do Estado, notadamente à Secretaria de Saúde a construção
da Maternidade Regional, que em seu entendimento se faz necessária para atender
a demanda de toda a Paraíba e Estados vizinhos que se deslocam para a Rainha da
Borborema e reforçar a rede de saúde municipal.
Disse que é praticamente
impossível que a Prefeitura Municipal campinense continue atendendo a tantas
pessoas que se deslocam até este Município, e sobrecarreguem o Instituto de
Saúde Elpídio de Almeida (Maternidade Elpídio de Almeida), sem apoio do Governo
do Estado. Escassez de profissionais, superlotação de pacientes e carga horária
pesada são alguns dos pontos registrados. De dois anos pra cá aumentou muito a
demanda de pacientes de municípios que não a procuravam antes.
Acentua que, os municípios
mandam os pacientes e Campina Grande tem que recebê-las. A superlotação é hoje
o problema mais difícil de ser resolvido no Isea, tendo em vista a demanda de
outros 180 municípios e do registro de 600 partos por mês. A demanda é enorme e
a Prefeitura atende além da sua capacidade financeira essa população. Mesmo com
os parcos recursos a Prefeitura em sua gestão atual já superou em muito o
atendimento de pacientes em igual período do ano passado.
Desde 2013 são feitos
investimentos em obras de infraestrutura no Isea, como a construção da Casa da
Gestante, Centro de Parto Normal, UTI Obstétrica e UTI Natal. Mas a maternidade
recebe pacientes de todo o estado, até mesmo de outros locais como Rio Grande
do Norte e Pernambuco, e não existe dinheiro suficiente para custeio das
despesas dessas pacientes. A maternidade atualmente conta atualmente com 116
leitos médicos, mas chega a atender até 150 pessoas simultaneamente.
Segundo o prefeito Romero
Rodrigues mesmo com os investimentos que a Prefeitura Municipal de Campina
Grande tem feito no setor da Saúde, há problemas acumulados ao longo do tempo e
que está adotando e destinando recursos para resolver as grandes deficiências
do Instituto, inclusive a construção de uma UTI para atender as mães.
Inclusive, há casos de pacientes que são encaminhados em convenio com a
Prefeitura para o Hospital Clipsi e para o Hospital da FAP, exatamente para que
nenhum paciente seja prejudicado.
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