O vereador Márcio Melo
Rodrigues disse ser da maior importância para a população a criação do Hospital
de Assistência ao Idoso de Campina Grande. Ele indicou que Casa proponha ao
prefeito Romero Rodrigues a implantação do empreendimento de alto valor social
para atender as pessoas da Terceira Idade e suas famílias.
O Hospital de Assistência ao
Idoso atuará para atendimento ambulatorial preventivo e terapêutico, clínico,
cirúrgico e reabilitação aos idosos. A unidade poderá contar com equipes
multidisciplinares com médicos, enfermeiros, odontologistas, assistentes
sociais, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, além de outros
profissionais.
O público-alvo é idoso acima de
60 (sessenta) anos. Considera-se idoso, para os efeitos dessa Lei, a pessoa
acima de 60 (sessenta) anos. O hospital pode ser instalado e funcionar em
convênios com outras instituições governamentais e não governamentais. O Poder
Executivo adotará as medidas necessárias à execução da Lei. A matéria será
regulamentada, no que couber pelo Poder Público Municipal.
Márcio Melo Rodrigues acredita
ser da maior importância para a população de Campina Grande contar com uma
unidade de atendimento exclusivo para as pessoas mais idosas, como já acontece
em várias cidades do Brasil afora. Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), no Brasil, no período de 1991 a 2000, o número de
pessoas com mais de 60 anos passou de 10.7 milhões para mais de 14,5 milhões.
Foi observado que a expectativa de vida do brasileiro neste período, subiu para
62 anos.
A população brasileira está
envelhecendo, enquanto que as unidades hospitalares estão superlotadas, sem
garantir as condições mínimas para contemplar essas pessoas. Inclusive, o
estatuto do Idoso garante à população com mais de 60 anos de idade, prioridade
no atendimento nos serviços públicos, bem como na formulação de políticas
públicas específicas. Hoje funcionam Centros de Referência do Idoso, que não
dispõem de assistência plena a estas pessoas.
A Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia (SBGG) fez o levantamento do envelhecimento
populacional e o novo olhar sobre a velhice no Brasil. “Os números mostram que
esta nova realidade do perfil populacional não só bate à porta, mas a
escancara”, avalia o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia (SBGG).
O envelhecimento da população
avança a passos largos no Brasil e nos demais países do mundo. Em 1º de outubro
– o Dia Internacional do Idoso, a Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia (SBGG) chama a atenção para a forma como a população vê o idoso e,
também, quanto às fragilidades que ainda existem no que cabe a assistência à
saúde do idoso.
De acordo com o dirigente da
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), João Bastos Freire
Neto ainda é preciso se preparar para o envelhecimento populacional em suas
diversas esferas – saúde, social, educação, econômica. Dados do IBGE apontam
que a população idosa no Brasil já alcança 22,9 milhões (11,34% da população) e
a estimativa é de que nos próximos 20 anos esse número mais que triplique. “Os
números mostram que esta nova realidade do perfil populacional não só bate à
porta, mas a escancara. É preciso estabelecer novas diretrizes para atender às
demandas da velhice”, avalia Freire Neto.
Em contrapartida, enquanto o
número aumenta ano a ano, existem apenas 1000 geriatras no Brasil, uma média de
apenas um geriatra para cada 20 mil idosos, conforme dados recentes do Conselho
Federal de Medicina (CFM). Hoje, pessoas com mais de 40 anos já são 75,7
milhões, contra 62,3 milhões de crianças e adolescentes.
Apesar de a Política Nacional
do Idoso assegurar, em seu art. 2º, direitos que garantem oportunidades para a
preservação de sua saúde física e mental, bem como seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social em condições de liberdade e dignidade, a
realidade é outra. “Os direitos e necessidades dos idosos ainda não são
plenamente atendidos. No que diz respeito à saúde do idoso, o Sistema Único de
Saúde (SUS) ainda não está adequado para amparar esta população”, relata o
geriatra e presidente da SBGG.
Já as unidades de atenção
básica, “porta de entrada” do idoso no sistema, ainda tem muito a melhorar. Os
profissionais da saúde têm olhar fragmentado do idoso e não foram capacitados
para atendê-lo de maneira integral. Também há deficiência na quantidade de
profissionais, na estrutura física e na rede de exames complementares para
atender à necessidade de saúde dos idosos, gerando demora acentuada no
atendimento, o que acaba levando a piora do quadro clínico.
Freire Neto explica ainda que
os mais velhos acabam sendo levados para as emergências/urgências (Unidades de
Pronto Atendimento) e, consequentemente, em situação mais grave e já com
indicação de internação hospitalar. Quadro que poderia ser evitado, caso
houvesse o atendimento adequado no momento correto.
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