A prática, que tem diversos
nomes e propósitos, é celebrada mundialmente nesta sexta-feira (3) e possui
efeitos que vão além de fortalecer a fé, pois mente e corpo são beneficiados,
que é também um momento de autoconhecimento.
O psicólogo do Hapvida NotreDame
Intermédica, Marcos Sueudy, explica que a oração aumenta a produção de
neurotransmissores e promove um estado de relaxamento, foco, motivação e
bem-estar.
“Orar é um momento de conversa,
de entrega do eu, uma atitude de confissão e autoconhecimento. Você é colocado
diante do seu sagrado para conversar com ele e transmitir o seu sentir, sua
súplica, sua devoção”, define
O especialista destaca que a
neurociência traz informações do impacto positivo da oração, que envolve as
partes mais profundas do cérebro: o córtex pré-frontal medial e o córtex
cingulado posterior – as partes do meio, da frente e de trás - que estão relacionadas
à autorreflexão e ao acalmar-se sozinho: a oração ativa as regiões reflexivas
do cérebro.
Ao ativar essas áreas, as
consequências são muitas e agem a curto e longo prazo. O psicólogo aponta o
aumento da motivação, do bem-estar e da sensação de paz, além da redução da
reatividade a eventos traumáticos e negativos. Os benefícios vão além quando a
prática é constante.
“A oração serve como um hábito
útil para os momentos em que estamos sobrecarregados ou com dificuldade para
descobrir uma solução, ela mesma no seu ato já nos traz impacto positivo no
enfrentamento de nossas angústias ou até mesmo transtornos mentais”, narra.
A oração é prática de fé de
diversas religiões, cada uma com sua maneira e especificidades. No budismo, a prece é feita de joelhos; no
catolicismo, as rezas mais conhecidas são o ‘Pai Nosso’ e a ‘Ave Maria’; os
judeus usam a ‘Torá’ para orar; o hinduísmo costuma usar almofadas para orar na
posição de lótus; o mulçumano ora em cinco horários no dia. As religiões de
matriz africana também têm o hábito da oração, assim como o Cristianismo.
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