Numa festa que contou com a presença de autoridades locais,
Presidentes das Câmaras de Vereadores de Bananeiras e Dona Inês, Prefeito e
Vice de Dona Inês, do sobrinho e ex-deputado Afrânio Bezerra, do Vice-Prefeito
de Bananeiras e do Deputado Federal Ruy Carneiro, foi realizada no último
sábado (16), a solenidade em homenagem ao centenário de nascimento do Sr.
Mozart Bezerra Cavalcanti, evento que aconteceu no Espaço Cultural "Oscar
de Castro", em Bananeiras.
O homenageado nasceu
em fevereiro de 1921, cuja infância foi vivida no Engenho Goiamunduba, propriedade
dos seus pais, o Major Augusto Bezerra e Maria das Mercês Rocha. Mozart estudou
o antigo primário na querida Bananeiras, o pré-vestibular e ensino superior em
odontologia na capital pernambucana. Em face da convocação para servir ao
Exército Brasileiro, Mozart abandonou a faculdade, retornando para Bananeiras
em 1945.
A solenidade
foi marcada com irrestrita emoção; dos familiares, amigos e contemporâneos de
Mozart Bezerra. Agropecuarista, fazendeiro, empresário e político, Mozart
colecionou amigos, especialmente por sua capacidade de conquistar e
zelar, com simplicidade e benevolência para com todos, destaque em todas
as falas.
O filho mais
novo de Mozart, Adriano Bezerra, representando os seus 4 irmãos, 13 netos e 12
bisnetos, discorreu de maneira fidedigna toda a trajetória do pai, desde sua
infância, juventude, formação de sua família, ao auge do ser fazendeiro, que
passou a produzir gado nelore e ainda como administrador a Cachaça Rainha. Não
distante, devido todo o engajamento com a sociedade, o ingresso na carreira
política foi iminente, sendo de 1960 até 1963 Prefeito de Dona Inês, o ano de
sua renúncia.
Com obras
grandiosas e ações voltadas ao desenvolvimento de Dona Inês, Mozart Bezerra
renunciou o cargo por ser aclamado pelos conterrâneos bananeirenses para que
fosse o Prefeito de Bananeiras no próximo pleito.
Atento ao
pedido, Mozart foi eleito Prefeito de Bananeiras para o mandato de 1963 a 1969,
destacando-se como gestor e político, construindo obras importantes, implantando
iluminação nas principais ruas e assistência social para atender as famílias
nas zonas urbanas e rural.
Em sua segunda
gestão, de 1973 a 1976, Mozart continuou observando a importância de construção
de obras públicas, sobretudo voltadas para a educação, além do destaque para a
aquisição do maquinário inovador à época para abertura e manutenção de
estradas, sendo a primeira prefeitura do estado a possuir tal maquinário. Com
contas públicas aprovadas e dinheiro deixado em caixa, nos dois mandatos consecutivos,
Mozart demonstrou o expertise que todo gestor público deve manter.
A história de
Mozart foi citada por todos que usaram a tribuna: o Desembargador José Ricardo
Porto, o Deputado Tião Gomes, o morador mais antigo do Engenho, Zé Novo e D. Gilka,
que na oportunidade representava o ex-Prefeito Dr. Almeida que foi sucessor de
Mozart.
Ainda de
maneira unânime, com lembranças eternizadas pela história, a herança política
recebida por Matheus sempre foi lembrada, ponderando que mesmo em pouco tempo
sua desenvoltura como Prefeito já demonstra de onde veio, do seu avô.
Em seu
pronunciamento, o Prefeito Matheus Bezerra fez todas suas lembranças ecoar, com
discurso emocionante, sobre a vida do avô. Elevando ainda mais a figura humana
que foi Mozart, o Prefeito destacou a honra da convivência, das memórias e
citou que quisera o tempo possibilitar que a justa homenagem fosse presidida
por ele, que esteve impossibilitado na época da despedida fúnebre. "Além
de sentir-me honrado pelas palavras, história e legado, como citou Dorival
Caymmi, "quem não gostava de Mozart bom sujeito não é", ressaltou.
Na solenidade,
o Prefeito entregou aos filhos do homenageado, medalha comemorativa ao
centenário de Mozart, como forma de agradecimento por todo aporte familiar, bem
como documentário e apresentação do Trio Rainha, que animou os presentes com
dois jingles das campanhas de Mozart.
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