No quinto e
último dia de discussões antes da votação, em primeiro turno, da reforma da
Previdência (PEC 6/2019), que irá ocorrer na sessão da próxima terça-feira
(24), o Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) voltou à tribuna do Senado
Federal para alertar sobre os males contidos na proposta enviada pelo Governo
Federal ao Congresso.
O
parlamentar paraibano, mais uma vez, frisou a necessidade de que haja
alterações no sistema previdenciário brasileiro, mas não que as mudanças
penalizem os trabalhadores, como traz a proposta original. Segundo ele, é
necessário que haja, por parte da população – sobretudo dos mais prejudicados
com a reforma – a conscientização de que a proposta, sendo aprovada, trará
prejuízos irreparáveis aos trabalhadores.
Veneziano
disse que o governo fez uma campanha institucional para dar à sociedade a
impressão de que se a reforma não for aprovada, o Brasil deixará de existir. E
não promoveu um debate profundo e transparente sobre a reforma.
“Não
estamos tratando o tema com a honestidade devida. Isso não nos alegra,
absolutamente. Isso nos deixa incomodados, irresignados. Vamos fazer esse
debate. Um ‘debate’, entre aspas, porque aqui não está havendo a contestação
sobre aquilo que nós estamos expondo”, observou o parlamentar do PSB da
Paraíba.
PEC
Paralela – O alerta feito por Veneziano, transmitido ao vivo para todo o Brasil
pela TV Senado, foi bastante elogiado por parlamentares que estavam no
plenário. Alguns solicitaram ‘aparte’ para registrar a clareza das palavras de
Veneziano e parabeniza-lo pelo alerta, a exemplo dos Senadores Paulo Paim
(PT-RS) e Fabiano Contarato (REDE-ES).
Paulo Paim
destacou que esta não foi a primeira vez que Veneziano alertou para os graves
problemas contidos na proposta de reforma da Previdência. Ele lembrou o alerta
feito por Veneziano aos demais parlamentares, para o fato de que uma PEC
Paralela (PEC 133/2019), com as sugestões dos Senadores, não vingará e servirá,
apenas, como ‘jogo de cena’ do governo para aprovar a proposta do jeito que ela
veio da Câmara.
Fabiano
Contarato, que também entrou no debate, disse que a discussão sobre a reforma
da Previdência acabou se tornando um “estelionato legislativo”, ao se criar a
PEC Paralela com os pontos polêmicos previstos no texto original.
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