O deputado Pedro Cunha Lima
(PSDB) defendeu, nesta quarta-feira (6), durante discurso na tribuna da
Câmara Federal, a derrubada do veto presidencial ao Projeto de Lei
3624/08, que concede porte de arma aos agentes de trânsito. A
apreciação da matéria foi adiada, pela segunda vez, depois do
esvaziamento da sessão. A derrubada do veto requer o apoio de pelo
menos 257 deputados e 41 senadores.
Pedro chamou a atenção do Plenário destacando o direito de ter
segurança. “O direito de proteger sua liberdade e sua vida não se
refere a uma categoria específica, não se refere só ao policial, não se
refere só ao agente de trânsito, ele se refere à sociedade como um
todo. Todo cidadão brasileiro tem o direito de sair de casa e voltar
vivo, tem o direito de sair de casa e ter proteção”, destacou.
Para o deputado, o Estado Brasileiro tem fugido dessa responsabilidade
e a prova disse é que a criminalidade tomou conta do País. “A
bandidagem impera na Nação, o Estado, acovardado, fugindo dessa função,
que talvez seja uma das principais, não consegue dar uma resposta e o
Brasil tem números de guerra”, disse.
Pedro lembrou que o Estado precisa reagir. “O Congresso Nacional
reagiu. A Câmara e o Senado perceberam o que a situação traz e, de
maneira digna e correta, fizeram essa nova adequação, para que haja a
proteção de todos, não só dos agentes de trânsito. Não se trata de
proteger só um segmento, mas todos”, disse.
De acordo com o deputado, é de se espantar que, de maneira
surpreendente, o veto tenha chegado contrariando tanto a posição da
Câmara quanto a do Senado. E sendo assim, ele disse que novamente, o
Congresso Nacional, é chamado, convocado, a ficar ao lado da sociedade,
a ter sensibilidade e a fazer um reconhecimento.
“Estes homens e estas mulheres estão aqui fazendo o manifesto que lhes
cabe, com muita dignidade, porque vão às ruas. Hoje eles vêm
especificamente ao plenário por não conseguirem cumprir suas funções de
maneira digna, tendo proteção mínima”, lembrou o parlamentar.
O deputado chegou a fazer um apelo aos colegas para que em nome do
cidadão de bem, da necessidade de reagir, da necessidade de confrontar
o crime e de proteger a vida, o Congresso Nacional mantenha sua posição
e não se curve ao veto que não deveria nem existir. “Faço a defesa dos
agentes de trânsito e, sobretudo, de toda a sociedade, com a derrubada
deste veto”, declarou.
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