Dor
de cabeça é um incômodo que, se você nunca sentiu, até o fim da vida
possivelmente sentirá. A cefaleia, como também é conhecida, é um mal que atinge
até 95% da população, costuma ser mais frequente em mulheres e surge como uma
dor de leve a moderada em toda a cabeça, desencadeada por doenças, estresse ou
cansaço, podendo durar de uma hora até vários dias e em crises mais intensas.
Algumas
profissões mais estressantes e que exigem maior esforço físico, posições
desconfortáveis ou esgotamento mental também costumam gerar dores de cabeça
regulares, mas que nunca podem ser encaradas como “normais”. Pensando em
aliviar esses sintomas, a Clínica Escola de Fisioterapia disponibiliza no
Câmpus I da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, o projeto
“Cefaleia do Tipo Tensional e Algias na Coluna: Oficina de Massagem”, com
atividades todas as quartas-feiras, das 14h às 17h30.
O
projeto, coordenado pela professora Socorro Barbosa, é voltado tanto para a
comunidade acadêmica da UEPB (alunos, professores e técnicos administrativos)
como também para a comunidade em geral. “Muitos acompanhantes dos pacientes
também participam desta oficina, que busca oferecer uma melhor qualidade de
vida a todos que costumam sentir tensão ou que não dormem bem e sentem dores
nas costas, ombros e cabeça”, disse a professora, explicando que com massagens
e o ensino de algumas técnicas de alongamento e postura os pacientes alcançam o
alívio e aprendem a evitar as indesejáveis dores.
Pensando
em atender os pacientes da melhor forma, durante a massagem há todo um ambiente
favorável ao relaxamento. A sala conta com ar-condicionado, macas específicas
para massagem, música suave, pouca luminosidade e uso de óleo canforado,
utilizado para o alívio da dor. Cada paciente tem direito a 20 sessões. Ao
todo, cinco alunos extensionistas realizam os atendimentos, com duração de meia
hora cada, incluindo neste processo a verificação de sinais vitais e
respiratórios, antes e depois da massagem.
“Temos
observado que os pacientes chegam muito ‘acelerados’, mas saem com melhoras nas
frequências respiratória, cardíaca e na pressão arterial, pois aqui conseguem
relaxar”, afirma Socorro Barbosa. Ao chegarem, os pacientes respondem a um
questionário protocolar, com perguntas que giram em torno de frequência da dor,
profissão, como trabalham, que atividades paralelas mantém, se praticam
exercícios físicos, entre outras questões que visam investigar se o problema se
trata de cefaleia tensional ou enxaqueca. Dependendo da gravidade do paciente,
ele poderá ser encaminhado a um neurologista.
“Os
benefícios recebidos são imediatos: a dor é minimizada e a frequência com que
ela aparece também. Há ainda um alívio da ansiedade, da tensão, um relaxamento
muscular, melhora a circulação e, com tudo isso, atinge-se uma melhor qualidade
de vida, que é o nosso grande objetivo. Hoje a massagem já é reconhecida pelos
profissionais de saúde como um recurso utilizado para a prevenção de dor”,
informa a professora Socorro.
Requisitos
para participar
Os
interessados em participar da oficina de massagem devem se inscrever na
Secretaria da Clínica Escola de Fisioterapia, localizada no Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde (CCBS) da UEPB, Câmpus de Bodocongó, apresentando
documento de identificação com foto, número de telefone e a sintomatologia (que
é feita na própria Clínica, a partir da avaliação dos alunos de Fisioterapia).
Já
os graduandos participantes do projeto de extensão são alunos que já devam ter
cursado a disciplina “Recursos e terapêuticos e manuais”, no 4º período, e
tenham conhecimento sobre as respostas fisiológicas que o paciente pode sentir
com as massagens.
Para
os alunos de Fisioterapia, além do benefício de aumentar seus próprios
conhecimentos na área, eles mantêm contato direto com a comunidade e obtêm uma
visão do que é trabalhar com o outro, já que se trata de uma preparação para o
estágio supervisionado e para o mercado de trabalho, para pesquisas, e atépara
iniciação no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), constando como experiência
enriquecedora para o aluno de extensão.
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